A formalização do apoio a candidatura de José Serra pelo
partido dos Democratas, depois que o partido há pouco criado pelo prefeito Kassab
já o havia feito, transforma a composição que pretende levar o ex-candidato
presidencial emergencialmente à prefeitura de São Paulo num verdadeiro caminhão
de detritos.
Não se trata apenas do conservadorismo das teses abraçadas
por esses partidos, legítimas pelo fato de representar o pensamento de uma
parcela da população brasileira, ainda que minoritária. O problema é o déficit
moral que acomete esse condomínio.
O Democrata ou DEM, como pretendeu ser chamado um dia, é um
partido que mais parece caçamba de resíduo hospitalar dado os inúmeros escândalos
que cercaram suas personalidades mais proeminentes.
José Roberto Arruda, galanteado por Serra para que fosse seu
vice na campanha para a presidência da República, é hoje um sujeito que vive
escondido desde que se viu obrigado a deixar o cargo de governador do Distrito Federal.
Demóstenes Torres, o senador em que o DEM apostou todas suas
fichas, chegando a cogitar de seu nome como candidato presidencial, é hoje um
sujeito que se esforça para não perder o foro privilegiado de que ainda goza a fim de que não acabe preso junto com quem agora se
soube ser seu chefe, o criminoso Carlos Cachoeira.
A caçamba fétida do DEM cheira mal ainda por escândalos que
não cabem na pauta da mídia, repleta de episódios já
protagonizados pelo partido. Aguarda para virar notícia o envolvimento de seu
presidente Agripino Maia, conhecido pelo
papel que teve no apoio ao extinto regime militar brasileiro de 1964 a 1986, em outro rumuroso escândalo.
Agripino Maia foi acusado por participante de esquema que
fraudava licitações em seu estado como beneficiário de 1 milhão de reais proveniente
de empresa contratada para operar os serviços de inspeção veicular na cidade de
Natal. A discrição do senador no conturbado momento político atual é
sintomática das suas dificuldades pessoais de explicar-se.
Deterioração precoce também experimenta o partido há pouco
criado pelo prefeito paulista Gilberto Kassab. Um pouco antes de entregar a
outro edil as chaves da prefeitura, o jornal Folha de São Paulo revelou a
existência de pesado esquema de corrupção envolvendo autorizações para a
construção de edifícios na cidade de São Paulo, que tem por protagonista alguém
da comunidade sírio-libanesa ligado diretamente ao prefeito por quase duas
décadas.
No momento em que o País inteiro é tomado de profundo
sentimento de urgência quanto à necessidade de serem renovadas as instituições
com o propósito de por cobro á cultura corrupção, a população paulistana não
entende como o candidato José Serra pode perfilar-se com partidos de tal sorte
comprometidos com o estado de coisas que se busca superar.
Porém, um exame pouco mais atento do passado recente do candidato permite verificar a razão
de seu olfato não captar o cheiro da decomposição. Serra quando
governador colaborou com Kassab para que fossem jogados fora 4 bilhões de reais numa obra que em nada
serviu ao contribuinte paulistano, a reforma das vias expressas junto ao Rio
Tietê. A obra, de tão açodada para que gerarasse fundos à
sua campanha a presidencial, nem projeto executivo teve.
Mesmo o esquema de corrupção que veio a tona em torno das
autorizações para construção em São Paulo teve o dedo de Serra. Foi ele quem
nomeou para o sensível órgão municipal que tem essa incumbência o homem que se
descobriu possuir em seu nome 125 imóveis. Parte, sem dúvida, de de
contribuições eleitorais que financiaram nos últimos anos as pretensões
eleitorais da dupla Serra e Kassab.
Aproxima-se a hora, pois, de incinerar todo esse lixo, e
liberar enfim os pulmões do paulistano para que respire um ar moral menos fétido.
Todos sabem que Arruda deixou o GDF para evitar maiores complicações em sua carreira politica. Gostaria muito que ele voltasse par ao GDF, pois foi tudo armação de Durval para tirá-lo de Brasília pra colocar esse Agnulo.
ResponderExcluirLei do Caminhão de Lixo
ResponderExcluir"Um dia peguei um táxi para o aeroporto.
Estávamos rodando na faixa certa quando um carro preto saiu de repente do estacionamento direto na nossa frente.
O taxista pisou no freio bruscamente, deslizou e escapou de bater em outro carro, foi mesmo por um triz!
O motorista desse outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente.
Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável.
Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro, a nós e quase nos manda para o hospital?!?!'
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo.”
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo.
Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, de raiva, traumas e desapontamento.
À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar e às vezes descarregam sobre a gente.
Nunca tome isso como pessoal.
Isto não é problema seu! É dele!
Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente.
Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, EM CASA, ou nas ruas.
Fique tranquilo... respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia.
A vida é muito curta, não leve lixo com você!
Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.
A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento da maneira como você a recebe!
Tenha uma bom feriado e lembre-se: livre-se dos lixos!"
Arnaldo Jabor