sábado, 15 de outubro de 2011

O Governo das Coisas






Entregar o governo nas mãos das grandes corporações alegando o dogma da eficiência ou da necessidade da formação mais rápida de riquezas, constitui o elemento chave na desarticulação da sociedade, na explicação do aumento da pobreza e do agravamento da situação de saúde da população que hoje estarrece a todos nós.

Ano após ano, partidos de extração liberal comparecem às eleições dizendo que se vitoriosos consumiremos mais e que as virtudes de uma economia comandada pelo mercado haverá de nos levar à redenção.

Hoje, por exemplo, em São Paulo onde esse tipo de governo baseado na hegemonia das empresas tem lugar há quase um quarto de século, colhemos os resultados mais perversos e mais representativos desse tipo de mentalidade política. Pago com o aviltamento da vida trazido por uma uma compreensão de mundo que reduz homens a relações de consumo.

Um governo a serviço de empresas é um governo que privatiza a saúde na forma de serviços transferidos a cooperativas, que privatiza os tansporte a fim de que se desincumbam dos investimentos que deles se espera na melhoria da mobilidade interna à cidade, que não se importam com educação pública de qualidade porque gente ligada às escolas privadas comanda as instância de governo resposáveis, que deixa a segurança à míngua pelo fato de julgar que penitenciárias resolverão o problema de populações marginalizadas.

No momento em que o mundo se volta para a constituição de governos que tenham o homem no centro das suas preocupações é preciso que nos perguntemos sobre o porquê de assistirmos à contínua concentração de renda nas grandes cidades do país e a razão de cracolâncias nos centros urbanos, ao mesmo tempo em que programas bem defindos conseguem  quase erradicar a pobreza nos rincões mais longinquos no país.

Há algo de muito errado com os partidos que querem entregar o país à exploração privada. Quando o mundo se levanta contra a repartição desigual das riquezas e o desastre natural que a ordem comandada por interesses privados sobre o Estado produziu, deve-se não perder de vista que os que desse modo pensam tem nome e reunem-se em partidos políticos perfeitamente identificáveis.

É preciso o quanto antes por o homem no centro da vida política da nação, substituindo-se o governo das coisas pelo governos dos cidadãos. Só assim se dará paradeiro à degradação da vida, do ambiente natural e da perda do que nos trouxe até o presente nessa longa jornada história adentro: a capacidade de nos vermos uns nos outro e de nos sentirmos imortalizados nas gerações futuras.

Um comentário:

  1. Muito bem colocado! ´´É preciso o quanto antes
    por o homem no centro da vida política .....´´
    ...o tal do espelho...O homem, a sociedade, é o
    reflexo, da política que vigora..qdo a política
    .. que deveria refletir o homem,na sua condição
    ..tendo-o como prioridade, preservando a vida!.
    ..O homem como ´´ O Espelho´´a política como..
    ..´´O Reflexo´´de suas necessidades,p/melhorar
    ..corrigir,proteger a vida,sendo guardiã tbm das próximas gerações...





    ..humana,colocando-o no centro da vida política

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