sábado, 8 de outubro de 2011

Estatizar a distribuição das drogas


Quem diria. A mocinha que morreu há 2 ou 3 meses atrás vitima da colisão do carro de um playbloy que trafegava de madrugada a 160 km por hora pela rua Tabapuã estava ela mesma embriagada. Dados toxicológicos recentemente divulgados confirmam níveis elevados de álcool no sangue da jovem.
Mas todos sabemos que não é só álcool que rola na madrugada paulistana e contribui para que ocoram essas tragédias. Por não terem sabor, as outras drogas químicas prestam-se a  potencializar o efeito dos drinks que a rapaziada vara a noite tomando nos bares de São Paulo.

Alguém já deu uma olhada num deles? Por exemplo naquele de nome São Bento, nas proximidades do local onde houve a colisão fatal? É um sofisticado e enorme barracão, com capacidade para mais de 1000 pessoas em que, a certa altura da noite, até o ar que se respira é alcoolizante.
Se fala muito nos pobres da cracolândia que se acabam no consumindo drogas baratas. Mas nada se fala dos jovens de classe média alta que se acabam nesses pavilhões da beberrança e da ingestão de comprimidos. Menos evidentes que os esquálidos que se juntam no centro da cidade como populares em parques de diversões, as vítimas dos speeds noturnos que se iniciam nas mesas de bares somam dezenas de mortos todos os meses, com corpos dilacerados em seus carros esportivos. Levam consigo nessas mortes estúpida inocentes que caminham nas calçadas ou outros motoristas em deslocamento.Casos que só ganham destaque na mídia quando envolvem carros bacanas.
E saber que tem gente por aí, que posa de “honoris causa” e de personalidade internacional (claro que falo de Fernando Henrique Cardoso) que julga que liberando a comercialização de drogas viveríamos num mundo melhor. Eis o absurdo a que se chega com idéias privatistas. Como se o mercado legalizado fosse mais controlável que o mercado negro.
Fosse assim o cigarro e a bebida não fariam tantas vítimas fatais. Alegam em defesa da solução a hipótese dos políticos controlarem as corporações que faturariam bilhões de dólares com a venda desses produtos alteradores da percepção. Ingenuidade de nenê de berço.
Outro dia falando com um sociólogo que estuda a questão das drogas, um professor jovem e competente que não pode ser acusado de conservadorismo, tive de curvar-me a seu lúcido e heterodoxo ponto de vista de que a única saída para as drogas, todas elas sem exceção, seria estatizar sua distribuição. Porque só o Estado não teria interesse em faturar com seu consumo. Só o Estado estaria apto a combinar o fornecimento aos dependentes, e até àqueles dispostos ao uso por lazer, com uma política ativa de tratamento e de prevenção visando a redução progressiva do seu consumo.
Também na questão das drogas, os privatistas estão redondamente enganados.
     

Um comentário:

  1. Ontem politicos de varios partidos queriam aparecer ( só para saber a quantos anos existe o Morumbi Estádio do SPF) pois é mas ontem resolveram dar ar da Graça vistoriar o Morumbi ( por conta do Show do Justin Bieber Faça-me o favorrrrrrrrrrr por que só ontem ? quem não conhece vota.

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