Lula consolida sua posição de liderança internacional. Foi na França e o evento a maior premiação acadêmica ofertada na Europa, a primeira para um latino-americano, E justamente para ele Luiz Inácio, aquele sujeito que a classe média cansou de ridicularizar e que, em particular, o príncipe dos sociólogos e descendente da estirpe de filhos de generais do exército brasileiro, FHC, expunha em rodinhas de jornalistas da Rede de Intrigas das 15 famílias brasileiras, as emissoras de TVs do País.
Quem diria, o sapo barbudo como o chamaram um dia, sendo ovacionado de pé por um auditório lotado pelos maiores acadêmicos do mundo, na França que é mais amada pelos intelectuais nativos que seu próprio País.
Deve doer demais ao sociólogo e aos carreiristas da USP aninhados no principal partido de oposição ver o metalúrgico ser alvo de elogios do tipo dos proferidos em discurso pelo representante da Instituição ofertante da honraria Richard Descoings: “o senhor tornou obrigatório que os líderes brasileiros passassem a ser ouvido sobre as principais questões do mundo...”
A dor decorre de merecido tapa na cara em quem chegou a duvidar da garra do homem comum brasileiro, trabalhador que gosta de uma cachaça e de futebol, de tomar os destinos do Brasil em suas próprias mãos e dar um “beijinho tchau tcahu” para essa elite embolorada que transita pelo circuito Jardins-Higienópolis-Campus da USP. Segue íntegra do artigo.
Aclamado, Lula recebe honoris causa em
Paris
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star hoje, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título de doutor honoris causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o maior da França. Em seu discurso, o ex-chefe de Estado enalteceu o próprio mandato e multiplicou os conselhos aos líderes políticos da Europa, que atravessa uma forte crise econômica. Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev.
A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela plateia, aos gritos de "Olé, Lula".
Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel. Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse "entusiasta" das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. "O senhor lutou para que o Brasil alcançasse um novo patamar internacional", disse, completando: "Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas".
Autor do "elogio" a Lula - o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Claude Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, lamentou que a Europa não tenha um líder "de trajetória política tão iluminada". Casanova pediu ainda que Lula aproveitasse "sua viagem para dar conselhos aos europeus" sobre gestão de dívida, déficit e crescimento econômico.
Conselhos e euforia
Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. "Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos", afirmou, no tom ufanista que lhe é característico.
Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou "uma geração de líderes" mundiais que "passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher", e recomendou aos líderes da União Europeia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. "Não é a hora de negar a política. A União Europeia é um patrimônio da humanidade", reiterou.
Na saída, estudantes cantaram a música Para não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, e se acotovelaram aos gritos por fotos e autógrafos do ex-presidente, que não falou à imprensa. Impressionado com a euforia dos estudantes, Descoings comparou, em conversa com o Estado: "A última vez que vi isso foi com Gorbachev, há cinco ou seis anos. Mas com Lula foi ainda mais caloroso".
Calma...2013 ainda não chegou...
ResponderExcluirCalma...2013 ainda não chegou...
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