Há quem defenda a legalização da maconha por convicções pessoais de cunho liberal ou por uma particular visão do problema das drogas, para a qual o tráfico e os ilícitos que cercam as restrições ao seu consumo seriam os verdadeiros males a serem combatidos.
Mas em quais dos casos se encaixaria a defesa que faz da regulamentação do comércio da maconha Fernando Henrique Cardoso, ele que nos 8 anos em que esteve na presidência da República e dispondo de uma base de apoio avassaladora no Congresso não propôs uma medida legal sequer na direção daquilo que hoje propõe?
Sendo liberal em assuntos econômicos a política sustentada pelo seu partido, o PSDB, no sentido de pressupor que o governo deva manter-se afastado da relação entre produtores e consumidores a fim de facilitar-lhes a pactuação de preços, não seria de estranhar que o ex-presidente considerasse que toda a trama de dissenções associada à produção e à distribuição do produto na forma de violência, desapareceria com o simples estabelecimento do que os jurisconsultos da agremiação chamariam de “marco regulatório do baseado”, acompanhada talvez da instituição de uma agência reguladora que fiscalizaria a atuação dos “dealers” autorizados do produto, a ANAJE - Agência Nacional do Jererê.
Dada a dificuldade de controlar os efeitos nefastos do consumo legalizado da substância no mundo da produção, com gerentes sendo impedidos de coibir um modesto "tapinha" de subordinados na virada de turnos de produção, ou, ainda na esfera da educação, com professores sendo obrigados a se adaptarem a uma audiência em sala de aula mais propensa a temas filosóficos que a tópicos de ciências exatas, não seria crível que o PSDB tão pró-mercado como é daria seu endosso às teses que vem sustentando Fernando Henrique.
De outro modo, inverossímil também que a tese se explicasse por convicções pessoais do homem FHC, devido ao fato de ser ele mesmo indivíduo de posições conservadoras em matéria de costumes, de cujo rigor fez prova durante as últimas eleições presidenciais quando respaldou posições severas em favor da família e da religião sustentadas seu ex-ministro José Serra em campanha eleitoral.
Mas se não se trata de crenças íntimas nem da construção de uma alternativa sociológica de alguém que tendo vivido a experiência de comandar uma nação esteja agora preocupado com seus rumos e os destinos das próximas gerações, por que motivo então o ex-presidente teria se engajado numa campanha nacional de liberação da maconha que envolve até um documentário só restrito até o momento `as escolas?
Pistas da resposta são oferecidas por entrevistas recentes de FHC e por textos seus divulgados pela imprensa, nos quais manifesta o entendimento de que a juventude e as novas classes médias surgidas com a ascensão social de 35 milhões de brasileiros constituem o contingente eleitoral a ser cobiçado pelos partidos políticos nesta e na próxima décadas. Por certo inteirou-se de pesquisas que apontam para a circunstância de que o jovem, na faixa dos 16 aos 25 anos de idade, é o novo formador de opinião nas famílias com renda mensal de até 6 salários mínimos.
Esse jovem ligado a internet, majoritariamente de nível universitário, é cidadão do mundo e não admite mais a tutela ideológica a que era submetida a geração de seus país e avós. Quer seu quinhão na produção social de riquezas e está disposto a confrontar o status quo para alcança-lo se preciso for, com o mesmo ímpeto com que fizeram seus pares em outras partes do mundo.
É a esse jovem que visa a conversão liberal de Fernando Henrique e o discreto apoio que lhe dá seu PSDB ao discurso dúbio de "regulamentação sim liberação não". Uma retórica para cada público, uma verdadeira política à “la carte”, que já não visa o cidadão e a sua segurança em sociedade, mas seu voto e as conveniências de tucanos.
Puro oportunismo político. Apenas isso o que representa o súbito maconheirismo de Fernando Henrique Cardoso.
Olá, Luiz.
ResponderExcluirJá ouvi falarem que alguns políticos financiam o tráfico de drogas e armamentos para esses traficantes.
Na sua opinião, qual seria o melhor político. Aquele que quer legalizar e arraigar votos ou aquele que finge que é contra?
Como saber quem é quem é realmente a favor e quem é realmente contra?
O pior discurso e aquele que nao diz seu real intuito, politicos hoje no poder falavam uma coisa, na penumbra vaziam outra, tirando direitos, rasgando constituicao, e isso que o deverno hoje posto faz, o povo e refem, cordeiro, manipulado de todas as formas, nao repeitam referendos, nao repeitam ideologias, alias respeitam sim ideologias totalitarias, Chaves, Fidel, Zelaia, Kadafe entre outros, entregam refugiados politicos de uns dao total liberdade a terroristas de outros, este governo fez a mesma coisa, com os caras pintadas, eu fui um, manipulado, sofri lavagem cerebral, nao sou a favor da liberacao da maconha, mas acredito que so com um apoio forte para tirar estes ditadores discimulados do governo.
ResponderExcluirFHC ,Lula , Kassab ..no fundo são Kadafes ,dispostos a fazer qqr coisa para se perpetuarem..
ResponderExcluirNão acredito no Maconhismo do Cardoso , na reforma do Ignácio e muito menos nessa Constituinte de Gilberto.
Tudo engodo e sedativo para nossas opiniões e ações não sairem da mesa do bar!!!!.
acorda povão !!!!
Chega de conversinha ...complacente
vamos fazer a revolução politica !!vamos acabar com esse cagalhão de "representantes " que somente representam seus proprios interesses ...tem que ter de 1 a 6 por estado o resto pode ir pra casa - \vamos fazer uma democracia digital,internectica e tranparente ...pisou na bola =RUA