domingo, 19 de fevereiro de 2012

Serra e Matarazzo em Buenos Aires no carnaval

Parece não restar dúvida de que Andrea Matarazzo é o dandy serrista na disputa interna do PSDB para a escolha do candidato que enfrentará Fernando Haddad nas eleições de outubro próximo em São Paulo.
E por Matarazzo passa a saída do impasse em que se encontra o ex-governador para destravar a barreira que lhe impôs as prévias marcadas pelo PSDB com aquele fim.

De início imaginava-se sagrar o escudeiro de Serra candidato nas prévias, constrangendo o governador a envidar esforços no sentido de colocar a máquina estadual  a serviço de seu nome.

No entanto, a possibilidade de que Kassab viesse a compor com o petista multiplicou de súbito o poder de pressão do bando serrista junto ao governador, pelo risco que essa dobradinha imporia à possibilidade de Allkimin ser reeleito em 2014. Quebrar a aliança iminente PT/PSD passou a ser a prioridade das prioridades entre tucanos que controlam o palácio dos Bandeirantes.

Com o atropelamento de Serra do processo de escolha, um segundo plano do grupo serrista envolvendo Matarazzo também foi inviabilizado: a possibilidade de que o pupilo uma vez escolhido cedesse seu lugar ao mestre por meio de renúncia. Por óbvia demais a idéia produziu sua própria vacina.

Agora, diante da possibilidade de que Kassab não empreste sua legenda a Serra dando apenas seu apoio pessoal ao candidato, o que vem sendo urdido é que feito candidato sobre os cadáveres dos demais pleiteantes – “desaconselhados” que seriam a insistir no pleito – o ex-governador tenha carta branca para a montagem de uma chapa puro-sangue tucana tendo Matarazzo no lugar de vice.

Disso que foram tratar os dois em viagem a Buenos Aires, longe das câmaras e microfones indiscretos que acompanham esses momentos de pânico na história do partido dos tucanos. Como informa a jornalista Sonia Racy, Serra e Matarazzo foram vistos confabulando em um shopping de luxo em Buenos Aires.

 Enquanto isso, Kassab preferiu ir a Recife articular com Eduardo Campos a nova centro-direita no Brasil, que nasce de uma aliança com a centro-esquerda necessária para assegurar governabilidade ao governo Dilma e quebrar de vez o já insustentável monopólio do PSDB nas oposições.

  

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