O grupo de Serra trabalhava ativamente para fazer de Matarazzo o vencedor das prévias a fim de que depois de vitorioso cedesse seu lugar àquele de quem foi secretário quando na prefeitura. O veto imposto à desistência fez com que a discussão evoluísse para a idéia de montagem de uma chapa que tivesse Serra e um dos pré-candidatos das prévias como vice, a chamada chapa puro-sangue.
Nome natural para uma dobradinha dessa espécie, dada sua proximidade com Serra, o nome de Matarazzo foi logo abandonado por não contar nem com a simpatia do governador – que foi insultado pelo secretário em documentos divulgados do wikileaks – nem com a de Kassab, obrigado a dividir o poder com o tucano ao longo de 2 anos de sua administração.
Dái ter surgido com naturalidade o nome de Bruninho Covas para vice de Serra. Apoiado pelo governador e palatável a Kassab, o neto do Mário Covas silenciaria outro renitente covista na disputa, o secretário José Anibal, que promete ir às armas contra Serra na disputa interna do partido. Sobraria o deputado Ricardo Trípoli, cuja desistência não resultaria em grandes dificuldades dado os cargos que ocupa na administração estadual.
Não estranha, portanto, as notícias divulgadas findo o carnaval de que o governador Alkimin orientou os postulantes a prosseguirem em campanha. Agora está tudo certo, a chapa que irá à disputa contra Fernando Haddad do PT é a chapa Serra – Bruno Covas.
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