segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A má fé da Globo no desfile da Gaviões

Este é talvez o carnaval mais desafiador para as Organizações Globo. Isso porque depois de haver sido alçada á condição de monopólio midiático, pelo persistente apoio do governo americano e do regime militar que se instou no País entre 1964 e 1986, foi a primeira vez que a empresa viu-se obrigada a narrar um desfile de carnaval em homenagem ao seu maior adversário, o ex-presidente Lula da Silva.

Foi aparente a contrariedade da emissora ao mostrar e comentar com menor destaque a apresentação da escola de  samba que levou a homenagem ao ex-presidente para a avenida. Nos breves comentários que fizeram, os locutores não deixam de enfatizar o fato de que o homenageado “não esteve presente devido a um câncer na garganta”, como que querendo atribuir a homenagem não ao mérito do homenageado, mas a uma espécie de despedida de alguém  à beira da morte.

As tomadas à distância, o quase ocultamento do carro simbolizando Brasília, o foco nas fantasias em negro e o destaque à águia dos gaviões da fiel, acompanhado do comentário de tratar-se de uma ave de rapina, foram todos artifícios de que se valeu a inescrupulosa emissora para diminuir o brilho do desfile de alegorias que cercou a figura de Lula da Silva.

Mas ainda assim os narradores da televisão tiveram que relatar cada um dos momentos da vida do homem público, representados pelas diferentes alas que percorreram a avenida do desfile: o menino pobre, o jovem operário, o líder sindical e, por fim, o festejado presidente do Brasil.

No afã de diminuir o impacto da Gaviões na passarela, os apresentadores da Rede Globo insistiram em fazer um contraponto de seu desfile, propositalmente sombreado, com o de outra escola que se valeu de apelos religiosos e pacifistas na evolução. Foi o modo de a emissora fazer passar as alegorias em homenagem a Lula da Silva como associadas a algo que não era exatamente o bem, este fixado nos motivos da outra escola.

A despeito de todo engenho de que a Globo utilizou-se para que a apresentação do escola parecesse menos grandiosa do que era, não conseguiu evitar que ao final em seus estúdios um comentarista, contratado entre sambistas, chorasse e dissesse diante das câmeras que era esse o desfile mais lindo da vida dele.


9 comentários:

  1. O uso absolutista dos meus de comunicação pela rede globo de televisão tende ao declínio, assim como tudo que é falso um dia fica insustentável e cai

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  2. Corrigindo o comentário anterior:
    O uso absolutista dos meios de comunicação pela rede globo de televisão tende ao declínio, assim como tudo que é falso um dia fica insustentável e cai

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  3. Ala "Voz que não se cala" homenageando a liberdade de imprensa foi apresentada pelos caracteres como ala "Voz que se cala" e desta forma narrada pelo locutor com a maior naturalidade. Ato falho de quem sabe que a mídia calou nos momentos em que o país mais precisou dela. Foi corrigido pela companheira de narração, mas o estrago já estava feito.

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  4. A Ala Diretas já, ele(narrados) esqueceu de dizer que a Globo noticiava que o acontecimento era festa de aniversario da cidade, Grobo devolva-nos a carta de concessão.

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  5. Foi uma cobertura seca, sem entusiasmo, não esteve à altura do desfile, da escola que empolgou e do homenageado ilustre. Perdeu mais pontos com o espectador...

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  6. Você está reclamando da Globo agora. Mas gostou muito quando o Jornal Nacional ajudou a criminalizar greve, grevistas na Bahia e militantes do PSOL

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    1. Nossa crítica sempre se voltou contra a abordagem dos fatos levados ao ar pela emissora e não contra ela em si, que destituída de sua diretoria poderia ser útil ás causas populares.
      No que diz respito aos fatos, aqueles referentes à greve de militares era atentatório à estabilidade do governo democrático-popular do País.
      A Globo tinha seus motivos para demonizar a greve, nós os nossos. Estabeleceu-se uma cnvergência casual, em que pesasse a omissão da emissora quanto a dimensão trabalista do levante.
      Pior para a perspectiva de futuro que almejamos, foi ver setores da esquerda aliados a Bolsonaro, que subiu à tribuna para entabular o mesmo discurso de deputados esquerdistas.
      Se você nos perguntar quem é o pior inimigo, a Globo ou a direita do exército com seu braço armado do quase extinto do regime militar, diremos que são estes últimos.
      Em pleno século 21, a palavra como arma será sempre preferível às quarteladas e invasões de parlamentos. Aliás este é nosso combate aqui. Seja contra a Globo seja contra a inconsequência de grupos que se dizem de esquerda.
      Abraços.

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  7. Então quer dizer que a culpada dos acontecimentos foi a rede Globo? a Globo não tem culpa se esses vândalos são capazes de acabar e ate mesmo transmitir uma imagem ruim do carnaval de são paulo.

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  8. Provavelmente esta ato de vandálismo,que teve na apuração, deve ter tido aval da rede Globo.

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