quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Operação Sinal Fechado chega a nomes de São Paulo



Para quem não nunca ouviu falar no nome de Luiz Antonio Tavolaro, arrolado na operação Sinal Fechado que apurou fraudes na licitação da inspeção veicular no Rio grande do Norte, deve ser informado de que o dito advogado foi diretor jurídico da DERSA nas obras de construção do Rodoanel. 

O homem aparece agora como Procurador Geral, espécie de advogado-chefe, da cidade de que o senador Aloysio Nunes é originário e que constitui uma de suas principais bases eleitorais. Ele, Aloysio, que nomeou o Diretor de Engenharia da Dersa Paulo de Souza e que abrigava em seu gabinete no Bandeirantes o ex-deputado João Faustino, agora preso como pivô da fraude na cidade de Natal.

Segue trecho da matéria publicada pelo diário “Gazeta do Norte” em sua edição de 30/11/2011.

O advogado paulista Luiz Antônio Tavolaro, que segundo a petição do Ministério Público participou ativamente da fraude à concorrência para a concessão do serviço de inspeção veicular no estado, pediu demissão do cargo de procurador-geral de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.  O pedido foi feito ao prefeito do município paulista, Valdomiro Lopes (PSB), por telefone.
O Ministério Público do Estado de São Paulo afirmou que irá abrir uma nova investigação. Os promotores deverão investigar o suposto direcionamento de licitação em favor da empresa Constroeste, que atua no município paulista. A abertura do processo culminou com o pedido de demissão sem possibilidade de retorno ao cargo.
De acordo com entrevista concedida pelo ex-procurador ao repórter Rodrigo Lima, do Diário Web, Tavolaro reafirmou que não tem ligação nenhuma com a Operação Sinal Fechado. "Acho que estou causando um desgaste muito grande para ele (Valdomiro) no momento. Pedi a ele para me afastar e era irreversível. Vou provar que não tenho nada a ver com esse negócio que está acontecendo no Nordeste", afirmou Tavolaro a Rodrigo Lima.
Na mesma entrevista, ele disse que, fora do cargo, pretende se dedicar à sua defesa junto ao Ministério Público do Rio Grande do Norte, que envolveu seu nome em investigação de fraude em licitação para inspeção veicular. De acordo com a publicação, o telefonema com pedido de demissão ao prefeito ocorreu por volta das 16h20min do dia 28 passado.
"Acho que sou a bola da vez. Estão querendo me perturbar, me pegar e acabar comigo. É coisa para destruir a reputação, não vejo outro motivo", afirmou Tavolaro ao repórter.

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