quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Titanic Chega em 3D


James Cameron produziu uma versão em 3D de Titanic. O filme no novo formato avança por sobre o inconsciente e mostra numa dimensão avassaladora que tudo pode mudar de uma hora para outra.
Filmagem de 1997 sobre um acontecimento ocorrido há cerca de 100 anos, Titanic traz um Leonardo di Caprio ainda aos 23 anos com o rosto não enrijecido pelos cacoetes que costumam fazer com que atores talentosos pareçam meros reprodutores de variantes de personagem precedente.  Contracena com Kate Winlet, um ano mais nova que ele e cujo frescor confere mais dramaticidade aos fatos narrados.
Com seus 1,8 bilhões de dólares de faturamento, perde apenas para o campeão absoluto de arrecadação da história do cinema, o filme também de sua direção Avatar cuja bilheteria fêz 2,7 bilhões de dólares. Recebeu 11 Oscars da Academia de Cinema quando de sua estréia  e rendeu outros múltiplos de faturamento em merchandising e formatos adaptados para outras mídias.
O bem sucedido Cameron investiu 18 milhões de dólares e um ano de trabalho na conversão do filme para o formato 3 D por acreditar que a película possa reeditar, pelo menos em parte, o sucesso original de público e dar partida à uma onda de adaptações de grandes sucessos do cinema para o novo padrão, que deverá, como a TV colorida, ser dominante à partir do momento em que se generalizarem os programas televisivos no formato de 3D.
Mas a aposta do diretor no empreendimento envolve bem mais que senso de oportunidade, que, aliás, sobra-lhe no segmento em que atua. Sua crença no sucesso do lançamento advém da percepção de que a narrativa mantém perfeita aderência aos tempos atuais, configurando quase que uma metáfora do espírito dos dias que correm.
A grande embarcação de luxo, toda aço, conforto e luzes constituía-se na certeza de prevalência da tecnologia e da perícia sobre as forças da incerteza. Todas as classes acomodavam-se contentes no interior da sua estrutura  gigantesca, certas da chegada a um destino benéfico a todos.
Se não havia fausto para muitos ao menos havia o sentimento da glória de poder compartilhar das emoções de um tempo em que as distâncias haviam se tornado tão pequenas e que a proporção enorme de tudo guardava a sugestão de estar reservada uma oportunidade para que cada um pusesse à prova as energias criativas da individualidade. Ouse, arrisque, busque o que é seu, era o apelo iconoclasta do momento.
“Se Deus está com nós, quem estaria contra nós “o dístico religioso que aplainava as diferenças pela certeza  de que um desígnio supremo urdira um plano de prosperidade para quem o cresse. Não havia espaço para cogitar de erros, nem de omissões e desprezível parecia ser a preocupação com o acaso e com a sorte do outro.
Isso até a fatídica noite em que o inesperado deu as caras e a convicção numa força ordenadora superior mostrou-se crença tão vã quanto fora antes a falta de confiança  no próximo. O grande transatlântico negro naufragou. O titã dos mares adernou por causa de uma espécie de displicência compartilhada e uma simples, porém inamovível, pedra de gelo.
Faltava não muito para 1929.  Também agora se tem a funesta impressão de que a grande embarcação já não pode singrar os mares do mundo. Que a predestinação da chegada ao porto seguro revelou-se o que é, pura euforia, religião e escapismo.
Novamente experimenta-se a angústia de que o barco lentamente aderna. Barco grande demais, do tamanho da incúria e da megalomania do eu, que em seu deslocamento água abaixo traga tudo que está a derredor.
Cameron viu no naufrágio de seu país o sucesso da reedição de Titanic. Não há como deixar de reconhecer-lhe o acerto. Estarei na primeira fileira.

6 comentários:

  1. kkkkkk David Cameron??kkk é James Cameron!

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  2. Ameii demais esse filme História que faz qualquer um chorar ao vê a primeira vez :)

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  3. Eita!!!Não sabe fazer uma critica então não inventa!!!Procure antes saber o nome da pessos que vai criticar...Perdi meu tempo...pois se a critica é para David Cameron...Não é para o Gênio da Terceira arte...James Cameron!!!

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  4. Acredito que vivemos em um tempo de poucas coisas boas no mercado televisivo,da musica e do cinema...Então quando surge a oportunidade de revermos um marco na história do cinema mundial...É de grande alegria para os amantes da boa arte...Afinal juntamente com TITANIC somente BEN HUR e SENHOR DOS ANEIS ( O retorno do Rei) que ganharam 11 oscars de uma vez só...Então vale a pena cada instantes que passaremos na frente da telona curtindo cada diálogo cada momento tão marcantes na vida de uma geração inteira( os adolescentes de 1997 ) ...Que o Navio saia do porto e possa nos encantar novamente...

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    1. Lindo seu comentário. Não tenho dúvidas de que este filme está ao lado das obras primas que você mencionou, seja ele mais ou mesnos comercial como pretendem os amantes de folme de arte. Pois que arte é maior que amor e a luta pela vida?

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  5. A melhor cura para o amor é ainda aquele remédio eterno: amor retribuído.

    http://www.youtube.com/watch?v=gs0pthkOBIM

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