O conservadorismo em politica não tem noção de seu próprio
ridículo. Tomemos o exemplo dos elogios que deram de fazer alguns destacados
tucanos a Lula ( sim, a ele Lula) por haver marcado seu governo com maior
abertura ao que chamam de mercado e, permitido, desse modo, que as taxas de juros subissem ao
sabor das conveniências do capital financeiro, muito bem representado na cúpula
de seu governo pelo presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Como seria de esperar, a crítica não é movida pela honestidade. Elogiam Lula a fim de criar um divisor de águas que permita caracterizar Dilma não apenas como mais intervencionista do que o antecessor, mas
principalmente como refratária aos interesses de banqueiros e de setores
oligopolizados da economia.
É óbvia também a finalidade política da manobra.
Incapazes de carregar o próprio candidato até os umbrais das eleições de 2014, em
virtude da notória escassez de argumentos e carisma com que este se apresenta
aos eleitores, os oponentes de Dilma preferem agir como no desenho animado em
que o passarinho amarelo não hesitava em clamar proteção quando
confrontado com gato da casa, gritando: é o gato! é o gato! Esperam com isso conquistar apoio nos setores empoderados da economia e mais farto financiamento de campanhas.
A comparação é, no entanto, improcedente. Dilma dá
seguimento às políticas de Lula, apenas que confrontada com os novos desafios da
economia em contexto de crise vê-se obrigada muito mais que ele a intervir com firmeza a fim de manter o ritmo da atividade e a inflação
sob controle.
Quando Lula abandonou o governo, a grande crise iniciada em
2008 não havia revelado todos seus efeitos. A Europa ainda não tinha sido
contaminada com a súbita desvalorização dos títulos da dívida de importantes
países do continente e o excesso de liquidez a que o governo americano havia
recorrido para debelar a retração da economia não havia batido à costa
brasileira na forma de verdadeiro tsunami monetário, com efeitos deletérios na
apreciação do real e, por isso mesmo, também nos resultados das nossas exportações.
À época o comprometimento de Meirelles com os interesses dos
banqueiros, no sentido de manter elevadas as taxas de juros, fez com que o País perdesse a formidável oportunidade
de equiparar as taxas praticadas internamente àquelas em vigor no resto do
mundo. A circunstância transformou o Brasil no último peru de natal para
especuladores internacionais, como gostava de dizer em tom crítico o
ex-ministro Delfim Neto.
O discurso agora em voga, dando Dilma como intervencionista se comparada a Lula,
vem reforçar o caldo de cultura preparado junto a bancos internacionais por expoentes do governo Fernando Henrique Cardoso,
de que Dilma pratica uma espécie de populismo econômico nocivo à sustentação do
desenvolvimento do País. Imprecação que rendeu até artigo na revista The Economist no qual o periódico pede a demissão do ministro da fazenda brasileiro.
O populismo econômico é uma categoria criada pelos amigos do
receituário monetarista de elevação das taxas de juros para designar todos os
governos que insistem em garantir o nível de emprego, sem apelar ao aperto do crédito e à postergação de investimentos públicos, embalados na
expectativa de que a confiança dos “mercados” venha substituí-los nessa tarefa quando um dia a crise internacional passar.
Ao contrário do que querem fazer crer as eminências tucanas,
Dilma é uma recatada Lula de saias, que por isso mesmo não precisa dar bola a
banqueiros em detrimento da lealdade devida à imensa maioria dos brasileiros.
Ademais, todos os dias ouvimos e assistimos os jornalistas, pagos pelos grandes banqueiros, insistindo no aumento da Selic.
ResponderExcluirAdemais, todos os dias ouvimos e assistimos aos jornalistas, pagos pelos grandes banqueiros, insistindo no aumento da Selic.
ResponderExcluirEles querem tornar a homossexualidade uma moda, para que assim o mundo se torne "mais" gay, e como ficará a reprodução, faremos tudo artificialmente? A homossexualidade está cada vez mais impondo suas vontades para oprimir a sociedade a ser como eles!
ResponderExcluirErrei este comentário. O Mesmo deveria ter sido postado em outra matéria!
ExcluirIGNOREM!!!