sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Contragolpe de Lula e Dilma






A cada veneno seu antídoto. Pois não quer a mídia que funcionários do Estado escrevam o último capítulo da biografia de Lula, como afirmou o próprio ex-presidente em seminário recente do partido socialista em Paris?

Que encarem então os arquitetos da desconstrução de sua imagem, no roteiro que simetricamente leva à construção da candidatura de oposição de Aécio Neves, a possibilidade de retorno do líder sindical novamente ao cargo máximo do País, desta vez com uma agenda reformadora cujo principal alvo será a democratização da mídia, nos termos do que foi feito no berço do liberalismo, o Reino Unido.

Não foi de outra coisa que trataram Lula e Dilma em demorado encontro no Hotel Bristol a poucos passos do Eliseu. O que os dois têm acertado entre si para 2014 é um revezamento de posições, de acordo com as circunstâncias de momento.

O jogo de desarrumação da base de apoio de Dilma, posto em movimento pela mídia com o estímulo às pretensões de Eduardo Campos e quiçá até a retirada de apoio do PMDB em surpreendente – porém não inusitada – candidatura própria, poderá sofrer um revés com a simples iniciativa de lançamento da candidatura do operário-presidente. 

Com popularidade e aprovação superior ao candidato à recondução ao Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin, acossado pela crise da segurança pública no estado mais importante da Federação, Dilma pode ser uma excelente aposta para acabar com o domínio de um quarto de século do PSDB em São Paulo.

A estimativa de tempo de sobrevida no poder pelo PT colabora para a tomada da pragmática decisão. Com o apoio de Dilma operar-se-ia uma espécie de transferência de votos às avessas, desta vez da criatura para o criador no Sudeste e Sul do País, e ter-se ia uma opção viável para 2018 quando Lula já tivesse escrito ao modo que lhe é de direito o último capítulo de sua biografia.

Como bem alertou o jornalista Altamiro Borges, a ideia causa urticárias no braço midiático da oposição ao governo. Talvez não tenha sido por outra razão que a editora de política do principal noticioso da TV a cabo da Globo, Renata Lo Prete, teve sua fala cortada bem quando iniciava um veemente ataque a Lula na edição de 13 de dezembro do telejornal.

A ofensiva política do ex e da atual presidente em Paris também coincide com informações sobre o retorno do secretário Franklin Martins ao governo, responsável pela proposta de lei que aguarda tramitação no Congresso regulamentando a concentração na mídia. 

2 comentários:

  1. Sera queno Lula e a Dilma estao entregando mais "ouro" do Brasil para os europeus...?

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  2. Vamos fazer as caravanas por todo o Brasil e mostrar quem é corrupto e mentiroso !!

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