A cada veneno seu antídoto. Pois não quer a mídia que
funcionários do Estado escrevam o último capítulo da biografia de Lula, como
afirmou o próprio ex-presidente em seminário recente do partido socialista em
Paris?
Que encarem então os arquitetos da desconstrução de sua imagem,
no roteiro que simetricamente leva à construção da candidatura de oposição de Aécio Neves, a possibilidade
de retorno do líder sindical novamente ao cargo máximo do País, desta vez com
uma agenda reformadora cujo principal alvo será a democratização da mídia, nos
termos do que foi feito no berço do liberalismo, o Reino Unido.
Não foi de outra coisa que trataram Lula e Dilma em demorado
encontro no Hotel Bristol a poucos passos do Eliseu. O que os dois têm acertado
entre si para 2014 é um revezamento de posições, de acordo com as circunstâncias
de momento.
O jogo de desarrumação da base de apoio de Dilma, posto em
movimento pela mídia com o estímulo às pretensões de Eduardo Campos e quiçá até
a retirada de apoio do PMDB em surpreendente – porém não inusitada –
candidatura própria, poderá sofrer um revés com a simples iniciativa
de lançamento da candidatura do operário-presidente.
Com popularidade e aprovação superior ao
candidato à recondução ao Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin, acossado pela crise da segurança pública no estado mais importante da
Federação, Dilma pode ser uma excelente aposta para acabar com o domínio de um
quarto de século do PSDB em São Paulo.
A estimativa de tempo de sobrevida no poder pelo PT colabora
para a tomada da pragmática decisão. Com o apoio de Dilma operar-se-ia uma
espécie de transferência de votos às avessas, desta vez da criatura para o
criador no Sudeste e Sul do País, e ter-se ia uma opção viável para 2018 quando
Lula já tivesse escrito ao modo que lhe é de direito o último capítulo de sua
biografia.
Como bem alertou o jornalista Altamiro Borges, a ideia causa
urticárias no braço midiático da oposição ao governo. Talvez não tenha sido por
outra razão que a editora de política do principal noticioso da TV a cabo da
Globo, Renata Lo Prete, teve sua fala cortada bem quando iniciava um veemente
ataque a Lula na edição de 13 de dezembro do telejornal.
A ofensiva política do ex e da atual presidente em Paris também
coincide com informações sobre o retorno do secretário Franklin Martins ao
governo, responsável pela proposta de lei que aguarda tramitação no Congresso
regulamentando a concentração na mídia.
Sera queno Lula e a Dilma estao entregando mais "ouro" do Brasil para os europeus...?
ResponderExcluirVamos fazer as caravanas por todo o Brasil e mostrar quem é corrupto e mentiroso !!
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