sábado, 5 de outubro de 2013

Quem perde quem ganha





A decisão de Marina Silva de filiar-se ao PSB e figurar como vice na chapa desse partido à presidência da Republica atinge em cheio as pretensões eleitorais dos tucanos de chegarem ao segundo turno das eleições de 2014.

A decisão da ex-ministra de Lula de aliar-se a outro ex-ministro de Lula, Eduardo Campos, marca o fim de uma era em que a opção liberal para a sociedade brasileira ainda era vista como alternativa ao trabalhismo de esquerda do partido dos trabalhadores.

Não irá ao segundo turno o candidato Aécio Neves por haver ensejado com o discurso totalizante de “ser contra tudo que esta ai" a rejeição definitiva ao modelo tucano de economia e sociedade, orientado pela lógica do capital financeiro e submetido as forças tendenciosamente cegas do mercado.

Ainda que haja um perdedor de fato com a decisão de Marina Silva, o partido dos tucanos, não consta que haja um ganhador certo. Nada sugere que ao colocar-se como força reparadora das incongruências reais e imaginarias do governo em exercício possam os que dele dissentiram convencer a parcela do eleitorado disposta a apoiar Dilma Russef nas próximas eleições de que colaboradores possam se sair melhor que seus chefes.

Isso porque não existem 3 modelos de sociedade forjados pelos mesmo processo histórico que teve sua ruptura com o fim do governo de João Goulart. Disso sabem o neto de Miguel Arraes que com Jango ombreou nas lutas que culminaram com o golpe militar de 1964 e a companheira de Chico Mendes. a quem o partido dos trabalhadores deveu parte da seu mito de origem.